- Área: 124368 m²
- Ano: 2010
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Fotografias:Acervo Zanettini Arquitetura, Fernando Alvim
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Fabricantes: Hunter Douglas, Abatex, Acotec, Bemo, CPC Estruturas, Cobra, Deca, E-Poxy, Fademac, Forte Metal, Grani-torres, HUFCOR, La Fonte, Levitare, Metalgrade, Milliken, Placo, Portobello, Serge Ferrari, Stamp, +2
Descrição enviada pela equipe de projeto. A arquitetura proposta para a extensão do Centro de Pesquisas da Petrobrás constitue-se conceitualmente num novo paradigma para a arquitetura brasileira possibilitado pela postura pioneira dessa empresa que já na estruturação do edital do concurso incluiu questões sobre eco-eficiência, sustentabilidade, utilização de condições ambientais naturais, incorporação de novas formas de energia e interação com o ecossistema natural e o construído.
Essa abordagem veio ao encontro a várias experiências por nós efetuadas, no tocante ao uso de tecnologias limpas em projetos realizados e que encontram nesta oportunidade as condições propícias para uma ocorrência global dos fundamentos daquilo que definimos como arquitetura ecossistêmica e metabólica.
A arquitetura proposta se constitue conceitualmente numa analogia com um organismo vivo, a totalidade genética nos vários períodos de crescimento - infância, adolescência e fase adulta – conservando a identidade e a integridade das células iniciais. Portanto, carrega neste desenvolvimento evolutivo não só as características constituintes iniciais, como em cada fase desse crescimento, a exemplo do organismo humano, mantém a característica de “obra aberta e acabada do ser”, possibilitando a replicabilidade de parte e de todos os membros.
Assim nessa arquitetura, as membranas de cobertura e fachadas funcionam com uma pele, que protege, respira, troca calor e energia com o meio ambiente e que recompõe o microclima transformado pela fotossíntese. O eixo central se caracteriza como estrutura que a exemplo de uma espinha dorsal de um organismo articula cada um de seus membros sobre bases ancoradas (blocos de escadas e elevadores) que garantem a estabilidade do conjunto. Possui um sistema nervoso (CIC, CRV e CIPD/RIO) que pensa, cria, controla e comanda todos os seus movimentos, acusando o funcionamento sadio de cada órgão que constitue o todo orgânico. Possui igualmente um sistema circulatório arterial e venoso que alimenta e energisa todos os órgãos, o sistema coronariano que bombeia, o sistema respiratório que oxigena, o sistema digestivo que metaboliza e espele, todos eles interagindo entre si onde cada parte é um elemento indissociável do todo, para um funcionamento sadio que se preserva no tempo.
Assim o projeto do CENPES não tem a pretensão de reproduzir essa maravilha que é o organismo humano, inigualável no equilíbrio, na harmonia e no desempenho sadio ao longo do tempo. Referencia-se ao organismo vivo na procura contínua de criar um ambiente adequado ao trabalho e bem estar com uma arquitetura viva feita por seres humanos para seres humanos.